O reflexo da lua, as camadas de luz na pele, o aroma de café no ar. As sombras retratadas no carvão pelas mãos da artista.

Os gestos delicados, a fala macia e gentil, as sutilezas do cotidiano, uvas verdes congeladas para refrescar no verão.

Entre Morito Ebine, Grace Jones, Karina Zeviane, e os contos indígenas. Como dar contornos na casa que expresse uma vida interior tão profunda e sensível?

Os recortes nas paredes da sala de estar feitos com vidros soprados, são uma singela tentativa.

O mosaico de pastilhas de vidro de tonalidades azuis e verdes, outra tentativa.

O lavabo com tons verdes profundos, a chapa dobrada com reflexos fragmentados no lugar do convencional espelho.

O registro pelos olhos do talentosos fotógrafo e amigo Pedro Kok, feitos com a Nikon antiga. Nessa tentativa a sensibilidade dos moradores foi capturada.